Muitas pessoas ainda sentem receio de procurar um psiquiatra, seja por uma crença equivocada de que é um médico para “loucos” ou pelo medo de serem prescritas com medicação e acabarem dependentes dela, temendo um caminho sem volta.

Entretanto, o que frequentemente ignoramos é que as pessoas estão “automedicando-se” com comportamentos e substâncias que proporcionam uma recompensa imediata, mas que, a longo prazo, acarretam em consequências graves, tanto físicas, como a obesidade e doenças cardiovasculares, quanto psicológicas, como a dependência química, transtornos alimentares, ansiedade, depressão e burnout.

Além das consequências socioeconômicas, como afastamento do trabalho prejudicando empregadores e sobrecarregando órgãos previdenciários, esses problemas impactam os relacionamentos interpessoais e o controle financeiro.

Vivemos numa era onde somos constantemente bombardeados por estímulos, com nossos corpos e mentes em alerta constante. O crescimento desenfreado das redes sociais desempenha um papel significativo nisso, contribuindo para a diminuição dos níveis intelectual, emocional e profissional da população.

Há uma superestimulação da atenção, levando a distúrbios de concentração, aprendizagem e impulsividade, e uma subestimulação intelectual, que limita o desenvolvimento do potencial cerebral. Estudos mostram que, pela primeira vez, a geração atual pode ser menos inteligente que a anterior.

A incidência de transtornos psiquiátricos em crianças e adolescentes está aumentando, com uma média de três crianças por dia morrendo por suicídio no Brasil, segundo o Departamento Científico de Prevenção e Enfrentamento das Causas Externas. Os estímulos negativos nas redes sociais podem estar relacionados a esse trágico cenário.

A base construída e fortalecida na infância é fundamental para uma vida adulta equilibrada. Se não teve uma boa base, faça por você e pelas futuras gerações. Pais emocionalmente saudáveis têm mais chances de ter filhos emocionalmente saudáveis.

Entender seu funcionamento, seus pensamentos, conflitos internos e emoções é o primeiro passo para evitar problemas mentais e doenças da alma, que podem ser invisíveis, mas não são imaginárias.

Antes de ser psiquiatra, sou médica, e antes de ser médica, sou um ser humano. Acredito que devemos nos esforçar para sermos pessoas melhores, buscando equilíbrio emocional e vivendo da melhor forma possível, mesmo que isso envolva tomar medicação, que, se bem indicada e acompanhada, é segura e eficaz.

Me chamo Verônica Soares, sou médica psiquiatra, e com uma abordagem multidisciplinar e acolhedora, estamos aqui na ECCERE para te ajudar a despertar o melhor potencial do seu cérebro e de você como um todo. Esse cuidado precisa começar conosco.